A maioria dos países do mundo não está cumprindo os padrões internacionais de qualidade do ar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso é de acordo com um relatório da IQAir, uma fabricante suíça de filtros de ar que também monitora a qualidade do ar ao redor do mundo.

Apenas sete países e três territórios, de um total de 134 incluídos no relatório, atenderam ao padrão da OMS para os níveis de material particulado fino – conhecido como PM2.5 – no ar.

Essas pequenas partículas são produzidas por veículos, incêndios e fábricas, e têm sido associadas a diversos problemas de saúde.

Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Maurício e Nova Zelândia, assim como os territórios de Bermuda, Polinésia Francesa e Porto Rico, foram identificados como tendo ficado abaixo do limite da OMS de 5 microgramas de PM2.5 por metro cúbico de ar.

O relatório até mostrou que alguns países regrediram depois que as viagens e a atividade industrial voltaram aos níveis pré-COVID. O Greenpeace chamou isso de “catástrofe global de saúde”.

A OMS estima que 7 milhões de pessoas morrem a cada ano de doenças relacionadas à poluição do ar, e a IQAir disse que não estamos agindo rápido o suficiente para combatê-la.

Bangladesh foi identificado como tendo os maiores níveis de poluição do ar, mais de 15 vezes o nível seguro sugerido pela OMS.

Paquistão e Índia estavam em seguida na lista, à frente do Tajiquistão e Burkina Faso. Todas as 10 cidades mais poluídas estavam na Ásia Central e do Sul.

No entanto, a IQAir disse que existem “lacunas significativas” na monitorização da qualidade do ar ao redor do mundo. Ela afirmou que cerca de um terço da população da África não tem acesso a dados de qualidade do ar, enquanto na América Latina e no Caribe, 70% dos dados vêm de sensores de baixo custo.

Para reduzir a poluição do ar, a IQAir disse que os governos precisam tornar as cidades mais acessíveis para caminhadas, reduzir o uso de carros e aumentar o uso de energia limpa.

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